Tuesday, August 26, 2008

Lexington, finally




Então, após dois dias de viagem, eu cheguei em Lexington. Na verdade, aconteceu tanta coisa que eu nem sei se vou conseguir escrever.
Depois de 36 horas viajando, finalmente encontrei a van que me levaria pra Lexington. No caminho, eu conheci algumas das pessoas com quem eu convivi direto nos ultimos dois dias (e com quem eu vou conviver todo o tempo por mais pelo menos duas semanas). Um deles é um indiano chamado Gurav, extremamente preocupado em ser convidado pra uma fraternidade; o argentino/brasileiro Jacques, o africano Allan (um das pessoas mais legais ever); e a bangladeshi Samia. Eu não vou conseguir listar todo mundo do grupo, mas aos poucos vou falando alguma coisa de cada um e enfim. A minha casa é maravilhosa, estilo Big Brother. Todo mundo ficou impressionado com a minha capacidade de decorar tudo com bandeiras do brasil em tipo cinco minutos.


Meu quarto superamazônico

Jantamos no Marketplace e foi a melhor comida que eu encontrei nos Estados Unidos. As pessoas daqui reclamam da comida como se fosse o RU, mas a verdade é que tem um buffet de carnes/grelhados/frango/peixe; um buffet de salada; um buffet de pastas; um buffet de sanduíches; uma mesa para bebidas (refri, suco, cha, cafe, leite) e um buffet de sobremesa, então eu suponho que as pessoas só gostam de reclamar mesmo. Eu to adorando, é como comer na Bufalo's todo dia. Durante o jantar, já pudemos sentir a difença entre os internacionais e os outros. Basicamente, as outras pessoas são todas iguais. Pegaram uma menina loira, magra, com um short da adidas e uma blusa da universidade e um cara loiro, forte, com blusa de botao e bermuda caqui e clonaram os dois. Funny tb é como eles NUNCA se misturam. É a mesinha dos meninos e a mesinha das meninas. Até agora, pelo que eu pude perceber, só chegaram os atletas. A única diferença são os caras da Chi Psi (fraternidades, de novo), que são "multiculturais" e estão nos ajudando na semana de orientação. Um deles é o Carlos, do equador. O Abel parece não se dar bem com ele, o que não faz diferença na vida de ninguém, já que o tal Carlos parece ser um ladies man e também não gosta do abel por motivos citados nos ultimos 2836738 posts do leseira. O outro é o Abhi, do Nepal, que é a pessoa mais engraçada do planeta depois do Rafinha Bastos. Juntos, eles poderiam ter um sitcom de sucesso facilmente.
Na minha casa até agora temos a Grace (lovely, ela me deu um ferro de passar), um chinês que eu esqueci o nome (ele fica o dia todo trancado e me deu um ventilador...GO TEAM ROUSSEAU), o inglês Sam e o alemão Stefan (que fica entrando no meu quarto sem bater pra perguntar algo a cada cinco minutos, como se eu soubesse de tudo nessa vida).
O clima está perfeito, mas as vezes fica um pouco frio pra mim (eu sei, to fudida). Meu termometro marca agora 24 graus dentro do quarto, deve ser uns 21 lá fora. Muita raiva quando o Sam fica reclamando que está "Bloody Warm and the humidity is impossible!!". Tipos, what??
Hoje nós fomos tirar identidade (sai Diva na foto =D), conta no banco, bla bla bla. Depois tivemos umas três palestras sobre *insira o sotaque do pastor cerafim aqui* alcool, drogas, sexo e anorexia *pastor cerafim mode off*. Farei um post sobre isso mais tarde, é extremamente engraçado.
Algumas coisas estranhas que eu ouvi hoje:

1) Todo mundo sabe que eu sou do Brasil.É díficil esconder as milhares de coisas verde-amarelas que eu tenho e a gente as vezes usa etiquetas com nossos nomes e de onde viemos. Dai no almoço hoje eu ouvi a Samia dizer: ah, a amazonia. eu nunca fui, nunca visitei a áfrica! Tipos surtei né? A menina cobra da gente todo dia não achar que ela é indiana, fica puta quando não sabemos onde é o Bangladesh (aliás, quem é bangladesh na noite?) e diz isso?? Ainda mais tendo eu explicado mil vezes que vim de uma cidade no meio da floresta e tudo mais.

2) Hoje, durante a palestra sobre trabalho nos Estados Unidos, disseram pra gente que o máximo que a gente pode trabalhar aqui, e que seria EXTREMAMENTE cansativo e não recomendado, é 20 horas por semana. WHAT? Isso dá um estágio de 4 horas por dia e é conhecido como paraíso em Manaus. Um work/study job normal daqui é seis horas por semana. Tem noção do que é trabalhar 1h por dia?? E o abel tentando convencer o Brasil de que eles estudam e trabalham tanto quanto nós. NOT.

3) Ontem a noite, os outros estudantes vieram visitar a minha casa pra ter inveja do fato de ser imensa e termos quartos com internet só pra gente for free. O alemão Simon entrou no meu quarto e eu tava falando com o Marcelo no msn. Pra quem não sabe, nunca viu, o Marcelo tem a estranha mania de usar fotos sem blusa na internet (não estamos reclamando, não estamos reclamando). Então, hoje no almoço, ele comentou: ontem eu entrei na IHouse e a Rachel estava falando com um brasileiro sem camisa. Dai eu disse: what?, e a vietnamita riu e disse que brasileiros são hots.
Então eu ouvi: "-Eles podem ser quentes, mas não tem a sofisticação de um inglês ou a eficiência de um alemão". pfff.



The lovely Ihouse a.k.a Home

beijosmemandememail.

Sunday, August 24, 2008

Dois dias viajando...

...e apenas umas 8h de sono desde quarta-feira. Uma gloriosa média de 2h e meia de sono por dia. Eu juro que no último vôo eu ouvi a aeromoça falar em papéis de imigração com um sotaque cubano. Desenvolvi a técnica DaVinci Sleep: entro no avião, durmo uma hora, acordo pra ver o que ta rolando, durmo mais duas horas, saio do avião, entro no hotel/aeroporto, durmo uma hora, vejo o que ta rolando, durmo mais uma hora, ligo pra casa ou entro no msn. Em cinco dias estarei pintando a Monalisa, vocês verão.
O aeroporto de Atlanta é crazy stuff. Se em Miami impera o Latino Style, em Atlanta a moçada jovem en NiggaWhat?! Aduoro quando a big fat mamma grita: WELCOME TO WENDY'S YOU SWEETIE!!!
A Virgínia já é a Gringolândia mesmo, mas no bom sentido. A comida já não é mais aquele fast food medonho. Tudo que tem southern escrito eu to comendo, e é bem mais fácil achar southern food por aqui. Sinto que vou emagrecer horrores, hoje de manhã eu não aguentava olhar pra bagels e pra quantidade exorbitante de açúcar que esses caras tacam em tudo. Não existe tipo café,só café. Tem que ter leite, cream, honey, chocolate, e por ai vai. E também não existe cafezinho, o "Grande" do starbucks é o tamanho menor. Go figure. Aliás, continuo na busca pelo café perfeito. Experimentei café de três lugares que supostamente deveriam ter um supercafé que vicia todo mundo e blé. A começar que o café preto deles tem a cor do rio solimões, e depois que eles tacam vanilla cream, fica idêntido ao Igarapé do 40 *momento saudade do absinto*
Conheci os dois primeiros estudantes da W&L. Um deles é um cara da california de 18 anos que tá superexcited de ir pra faculdade e curtir as festas e ahhh, alguém dá um calmante pro moço! O outro é um argentino que nasceu por acidente no Brasil (quando os pais dele foram passar férias em São Paulo, parece)que tá super com medo da W&L por ser conservadora e por causa da Greek Life.
Nunca pensei que eu fosse me sentir assim, mas to morrendo de vontade de me jogar no meu novo quarto. Estou toda doída de me espremer em poltrona, correr puxando minha mala de 30kg, e levanta mala pra fazer check-in, e tira mala da esteira, e sobe escada com a mochila de uns cinco quilos. Trabalhando glúteos e braços aqui.
Acho que eles fazem essas viagens de três dias pra neguinho chegar na Universidade e se sentir em casa, independente de qualquer muquifo que eles nos joguem, certamente vai ser melhor do que a cadeira da Delta Airlines. Aliás, a Delta é como se fosse a Gol daqui, exceto que eles trocam as barrinhas de cereal por doritos ou merdas do tipo.
Hum, parece que minha van ta chegando. Viajar mais um pouquinho. GREAT!

Saturday, August 23, 2008

karmas

Primeiro dia de viagem. A despedida não foi tão dolorida, e a ficha ainda não caiu, apesar de eu estar escrevendo agora deitada na piscina de um hotel chato em Miami.
A entrada no país foi estranhamente fácil. Passei vinte minutos na fila em Manaus e uns dois minutos na entrada em Miami. Ao contrário do terrorismo feito pelo Abel, as pessoas foram extremamente legais comigo. Logo no avião, sentei ao lado de uma jovem bióloga com o corpo de top model. Ela era fofíssima e, quando desastrosamente eu derrubei minha faca no chão, ela não pensou duas vezes em me emprestar a faca dela. Olhei duas vezes no mapa do aeroporto, e nas duas surgiram pessoas pra me perguntar o que eu estava procurando e me dar informações corretas. Todas as vezes que eu precisei carregar minha mala, também fui ajudada por simpáticos americanos, um deles era inclusive um atleta negro que é a pessoa mais legal e solícita do mundo. Pra compensar, ajudei um brasileiro a conseguir fazer uma chamada. Ironicamente, as únicas pessoas que me trataram supermal foram os cubanos. Tentei comprar um relógio e maquiagem (esqueci toda a minha em casa, parabéns rachel)e eles foram escrotíssimos comigo. Todos ficaram putíssimos porque eu não entendia a droga do espanhol que eles falavam. Eu dizia que era do Brasil, dai eles faziam uma cara de coo com cãimbra e continuavam a falar espanhol gritando. Senti como se tivesse uma etiqueta na minha testa escrito: Eu sou escrota com um cubano que mora em Manaus. foda.
Voltando, realmente não entendo como pode alguém reclamar da entrada de Miami. Minha mala chegou rápido, todo mundo me tratou bem, coloquei minhas digitais la em cinco minutos, fui ajudada quando precisei, meu hotel é barato e bom...enfim, até agora tá tudo lindo. Talvez seja o famoso karma(see, mary? it's working, go team rousseau!).
Pra não dizer que só falei de flores, pedi um capuccino no Starbucks e foi by far o pior café da minha vida. Comofasagora?
Pensando muito em comprar um Ipod nano. Não preciso de mais de 8 GB pra querer comprar um clássico e o preço tá xuxu, mas acho que vou esperar por Lex.

Manhê, eu to viva!

Thursday, August 21, 2008

Voilà

Minhas madrugadas/manhãs estão repletas de tristezas e frustrações. Eu era tão mais feliz quando odiava esportes. Houve um tempo em que eu não me importava com nada relacionado à vida saudável. Era um tempo feliz, eu pesava 47kg sem esforço nenhum. Enchia minha pança de cerveja e meu único exercício físico consistia em ligar pro Edmilson. Meu café da manhã, que hoje consiste em frutas e cereais, era uma coca-cola e um lucky strike. Neste bom tempo que não volta mais, eu também não me importava com o Brasil.
Hoje, eu pago de atletinha de academia, me empolgo fudidamente com os jogos olímpicos e a derrota da seleção consegue facilmente estragar meu dia. GREAT! Vida saudável sucks. O negócio é que o Brasil não consegue ganhar em merda nenhuma. Claro que eu entendo todas as variáveis envolvidas no mundo dos desportos, todos os contextos políticos e especificidades de cada modalidade, mas puta merda...é uma questão de probabilidade: NENHUMA vitória em zilhões de finais? sifudê.
Vejamos o que Hitler tem a dizer sobre isso:



À propósito, este provavelmente é o último post que eu escrevo em terras brasilis. O blog continua sendo atualizado, mas nem vou transformá-lo em diarinho. Arrumei um livejournal pra isso. Keeping it low profile. No entanto, a quantidade de merdas que eu aposto que verei e farei por dia vão fornecer uma infinidade de assuntos. Mal posso esperar pelo post sobre a Greek Life. Aposto que ele vai ser o novo "concursos de beleza de ensino médio no lato sensu".

adiós.

Friday, August 15, 2008

Hoje eu acordei meio irritadinha...

Eu sei, falta uma semana pra eu ir embora. Não, não caiu a ficha. As pessoas agora ficam me perguntando as coisas mais cretinas.
Exemplo 1: Tá preparada pra ir? Isso é pergunta que se faça? Vejamos as duas respostas óbvias. A primeira é "Sim, estou preparada. Fiz 293738 testes, 92736 exames médicos, estou me preparando há três meses. O que você acha?"; a segunda é "Não, não estou preparada. Falta arrumar a mala, resolver 2932 coisas, das quais você pode me ajudar em 0. Aliás, você está me deixando é pior com essa pergunta."
Se eu não tiver preparada, que diferença vai fazer? Por acaso eu posso chegar na TAM e dizer: "gente, não to me sentindo preparada, dá pra adiar esse voo?". Não, não posso. Ou ainda chegar nos Estados Unidos e dizer: "gente, to mal. Não to preparada, podemos aumentar a Summer Vacation de vocês?".
A outra pergunta idiota é: "Você vai sentir falta da mamãe (ou papai, ou irmã, ou vovó, ou amigo X)?". Por que me perguntam isso? Minha teoria é de que eles querem que eu fale algo do tipo: "Vou morreeeer sem você!!!". Assim, todos podem reafirmar para si o quanto são importantes pra mim, a desnaturada que vai embora. O que ninguém percebe é que quando me perguntam isso, eu escuto: "Você tá fudida, hein? Sozinha lá, sem mãe, pai, ninguém! Se ferrou legal!". Grande ajuda. Se alguém tipo o porteiro do meu prédio me perguntasse isso, seria compreensível. Ele REALMENTE iria querer saber se faz falta, e poderia ouvir um SIM ou um NÃO. Mas apenas as pessoas que obviamente vão fazer a maior falta do mundo perguntam isso.
Não é por nada, não, mas pra mim fingir que tá tudo normal até que um dia...puff, acordei em Miami...é uma coisa bem mais fácil de lidar do que despedidas enormes e cheias de lágrimas mil. Terapia em mim urgente.
Se eu vou chorar? Claro, provavelmente quando eu entrar no avião vou derramar rios. Por enquanto, eu prefiro não pensar nisso. Chama-se evitar sofrer por antecipação.
Estou tendo problemas para arrumar minha mala. Queria ser a Mary que consegue viajar o mundo com uma malinha de mão. Preciso de roupas, livros, presentes e 5 pares de havaianas. Acho que vou mandar mais uma caixinha. Seria muito patty da minha parte? =P

Outro problema que me aflige agora é o fato de eu não conseguir mais ficar bêbada. Como se faz pra ter um bota-fora decente se seus amigos já estão caídos e você tá lá, dando uma de Gonzo (pra quem não sabe, a origem da palavra para designar o alter-ego de Hunter Thompson é "o último a ficar de pé depois de uma noite de bebedeira"). Ontem, cinco pessoas beberam 3/4 de uma garrafa de rum (devidamente preparada em bebidinhas feitas por mim. aduoro.) e 24 bohemias. Meus pais e seus amigos beberam Skol, portanto esta conta está correta. Essa resistência adquirida faz eu rir horrores quando o Abel tenta me dizer que as pessoas supersabem fazer festas na W&L. Sério, todos os americanos que eu conheci bebem três latinhas e estão morrendo (exceto o Hobson, cowboy do Alabama). As festas acabam duas da manhã, no máximo. E começam sete da noite. Utilizemos a lógica: festa começando sete horas da noite + três latas de cerveja + festa terminando duas horas da manhã + ônibus com motorista te pegando na porta da festa e levando em casa = aniversário de criança no Brasil. Parece que a festa de 80 anos da vovó bombou muito mais do que as festas de fraternidade americanas. Claro, eu sempre posso estar errada, mas não se preocupem, eu mantenho o blog informado. Acho que a Greek Life vai ser assunto pros melhores posts que o Leseira já viu. Mal posso esperar.


PS: A obsessão pelas Olimpíadas só aumenta. Hoje eu finalmente decidi estrear meus óculos de natação que custaram absurdos cinquenta reais. Nadei na micropiscina do meu prédio, já preciso de uma maior. Dei sorte, umas duas horas depois, o Cielo ganhou ouro olímpico. Amanhã eu devo nadar novamente. Nada como um bom (e loiro e alto) incentivo.

Tuesday, August 12, 2008

Tópicos

Se a Camila pode, então eu também posso. Farei um post em tópicos, já que todo estudante de pré-vestibular sabe que o mais difícil na construção de um texto é a coesão. Como resolver isso? Eliminamos os elementos de ligação entre uma idéia e outra. Genial, não?


- A minha fissura por esportes cresce cada vez mais. As minhas idas à academia diminuem, no entanto. O que se passa é o seguinte: eu passo a noite vendo as Olimpíadas e fico superanimada pra correr (já que eu não me dediquei o suficiente ao futebol na minha infância), nadar e até mesmo jogar um tiquinho de basquete (a despeito do meu tamanho diminuto). Isso sem mencionar a minha paixão pela ginástica (amor antiiigo).


Shawn Jones na trave de equilíbrio é a coisa mais foda que eu já vi ao vivo na ginástica...


O problema é que essa vontade acontece às duas horas da manhã, e por motivos logísticos, ela não pode ser satisfeita. Então eu durmo e acordo aproximadamente às 11h do dia seguinte. Passo o dia sonolenta e com preguica e desisto de ir pra academia. Quando finalmente o efeito do cappuccino decide funcionar, já é tarde da noite...assim vou engordando e sabendo cada vez mais sobre esportes. Típico de jornalistas.

- A Mary foi embora. Fiquei triste pra porra. Desde que eu soube que tinha ganho a bolsa pros EUA, minha rotinha ficou doida. Não que eu tivesse alguma rotina, já que faço jornalismo, mas passei três semanas em abril acompanhando um grupo de 12 americanos everywhere. Então, passado o estranhamento inicial, eu comecei a me apegar, meus amigos se juntaram à festa e foi tudo legalzao.


Aqui alguns deles menos o Bill e o George


Daí eles foram embora, e eu fiquei triste. A situação piorou quando eu percebi que além de eles terem ido embora, a rotina de ver meus amigos de sempre pra fazer roteiros turísticos também não iria existir sem eles. Então a Joyce voltou. Duas semanas com a Joyce, passeios turísticos mil. Andei bastante com o Coca e criei uma amizade for lifetime com o Baranda.


Joyce, a gringa mais brasileira que eu já conheci e bruno, que levou a gente no teatro


Quando a Joyce foi embora foi horrível de novo, mas eu sabia que a veria em poucos meses. O difícil mesmo foi me desacostumar a ver o Baranda todo dia. Então veio a Mary. E com a Mary eu desenvolvi a amizade mais foda ever. No mesmo período, a Tory voltou pra Manaus, e eu pude finalmente curtir muito com ela e descobrir que a amo para sempre. A Tory foi embora cedo demais. E com ela foi o contato diário que eu tinha com a Val, o Tulio e até mesmo com o Hemanuel, Marcus e Bruno. Depois de muitos pães-de-queijo, a Mary teve que ir pintar em outros ares. Morri de vontade de ir pro Rio com ela. Morri de saudades de ver os Barandas (agora a família inteira) e os Dudes (amigos da família). E então hoje foi um dia que eu fiquei deprimida por três motivos:

a) Saudades da companhia da Mary, que eu só vou ver em Julho de 2009 (isso se eu ainda estiver nos Estados Unidos)
b) Saudades de sair com as pessoas que estavam saindo com a gente porque a Mary era uma boa desculpa pra gente se encontrar e agora todos tem que voltar às suas rotinas (sendo eu a única que não tem nada na rotina além de ir na polícia federal, aeroporto, vacinação e arrumar mala).
c) A próxima pessoa a ir embora sou eu e talvez, só talvez, vá ser mais complexo ser a pessoa que está indo embora.

- Já tenho endereço novo. Alívio! Agora sei que não vou precisar utilizar dos meus dotes de bartender pra sobreviver na América. Os nomes que o Hemanuel deu pros meus drinks não eram nada animadores, mas eu poderia chegar lá e ficar na rua da amargura, então...mas isso passou. Agora estou na Rua Lee. Adeus complexo de Sol.


poxa...

Sunday, August 10, 2008

Eu amo esportes...

...em Olimpiadas e finais de Copa do Mundo.
Engraçada essa coisa de Olimpíadas. Eu passo o ano inteiro sem saber pn sobre esporte algum e em dois dias de competição eu já me acho a expert no assunto. Nas últimas 24 horas eu dei opinião sobre o Phelps, sobre ginástica e palpitei em umas duas lutas de boxe. De onde eu tirei tal conhecimento? Da globo, provavelmente.
Uma coisa que eu odeio em gente que assiste Olimpíadas é quem torce pro pais X baseado em sua política. E por gente, entendam Abel. Ele simplesmente odeia o Ira, Cuba, Russia, China e, às vezes, até mesmo um ou outro atleta democrata. A explicação: se esses países ganharem os jogos, os governos poderão usar isso como desculpa para provar que a situação política é boa. Logo, só os Estados Unidos (o único grande defensor da liberdade e dos direitos humanos) pode ganhar os jogos. Ignora-se que:
a) Muitos atletas treinam em condições sub-humanas para realizar o sonho de estar em uma Olimpíada, mesmo que seus países estejam em guerra
b) Muitos atletas irão sofrer punições caso percam os jogos

Não, isso não deve ser levado em conta. Apenas o fato de que ganhar as Olimpíadas deve ser um reflexo da superioridade do Estado democrático moderno. Sim, é pra isso que ele acha que serve o esporte. Sério, passei umas 7 horas perto dessa pessoa e agora eu já sei como deve ser uma morte lenta e dolorosa. Juro que eu senti um princípio de enfarto umas quatro vezes nesse tempo. É como se a Veja tivesse se personificado e eu tivesse que conviver com uma versão pseudo-americana do Diogo Mainardi. Feito o desabafo, voltemos as Olimpíadas.

Durante os joguinhos, eu e a Camila Baranda decidimos como seriam as Olimpíadas ideais. Os jogos ideis consistem em uma abertura linda de pelo menos duas horas. Dez dias de Ginástica Olímpica, dez dias de Ginástica Ritmica e dez dias de patinação artística. Minhas Olimpíadas também teriam cinco jogos de futebol entre as seleções da Espanha, Portugal, Inglaterra e Italia. Os jogadores estariam sem camisa. Para a Camila, so se fosse futebol de sabão. Ela acha muito divertido. Ao final, um encerramento com show dos Rolling Stones. That would be AWESOME!!!

Mudando completamente de assunto, esse sábado foi o que se pode dizer de amazonicamente perfeito. Praia, sol, amigos, cerveja, rede, churrasco, violão. Muito medo de pensar que daqui a duas semanas estarei sozinha em um hotel muquifo em Miami.

Tuesday, August 05, 2008

Blog da Mary

A Mary é uma americana da Virgínia com quem eu to passando pelo menos umas cinco horas por dia. Aqui ela de Axl Rose, ó:




Ela é jornalista e muitíssimo gente boa. Recomendo com todas as forças o blog dela, com impressões nada usuais sobre o Brasil:

The New Cartography

O post sobre o 15 minutos tá hilário!

Sunday, August 03, 2008

Como assim Agosto? - Parte II

Depois de um mês com overdose de festinhas, hoje eu acordei com ressaca moral. A vida lóki quis virar vida locke, e depois vida nietzsche, terminando com vida elizabeth bishop. Ainda esboçei uma tentativa de sair hoje. Esperei me ligarem, vi tv, fui me despedir da tory. Mas a verdade é que eu tava era miando a galera da festa, então voltei pra casa.
Sunday bored...when the best thing to do is stay home and enjoy the blues. Poeminhas mil fizeram meu espírito voltar a saltitar de felicidade. Entre cummings e yeats, escolhi um nacional sobre este mês.

Para atravessar agosto também é necessário reaprender a dormir, dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. São incontroláveis os sonhos de agosto (...) Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu sem o menor pudor, invente um. Não me critiquem por isso, angústias agostianas são mesmo coisa de gente assim, meio fresca que nem nós.
Caio Fernando Abreu

Hoje eu acordei um pouco Charlotte.

Como assim Agosto?

Me agoniei horrores nos últimos meses pra conseguir curtir Agosto sem estresse nenhum. Deixei minha irmã louca com visto, briguei com meus pais umas 23830 vezes, viajei pra Brasília duas vezes, estudei economia em inglês, comprei roupinhas, visitei 42 médicos. Daí eu relaxei e quando fui perceber já era Agosto. Acabei de perceber que chegarei na Virgínia antes das minhas caixas chegarem. Muito esperta. O coringa me dá parabéns por isso.


Adoro³

Quinta, sexta e sábado voltando pra casa às 5 da manhã. Coisa linda. Minha pele agradece e estou no aguardo pra adoecer. Porque sinceramente, eu não conheco mais o meu corpo. Se eu tivesse vivendo assim há uns seis meses, pode contar que minha garganta já estaria estourada.
Ah, rum não combina com academia. Não consigo me mexer pra pegar água.