Lexington, finally
Então, após dois dias de viagem, eu cheguei em Lexington. Na verdade, aconteceu tanta coisa que eu nem sei se vou conseguir escrever.
Depois de 36 horas viajando, finalmente encontrei a van que me levaria pra Lexington. No caminho, eu conheci algumas das pessoas com quem eu convivi direto nos ultimos dois dias (e com quem eu vou conviver todo o tempo por mais pelo menos duas semanas). Um deles é um indiano chamado Gurav, extremamente preocupado em ser convidado pra uma fraternidade; o argentino/brasileiro Jacques, o africano Allan (um das pessoas mais legais ever); e a bangladeshi Samia. Eu não vou conseguir listar todo mundo do grupo, mas aos poucos vou falando alguma coisa de cada um e enfim. A minha casa é maravilhosa, estilo Big Brother. Todo mundo ficou impressionado com a minha capacidade de decorar tudo com bandeiras do brasil em tipo cinco minutos.
Meu quarto superamazônico
Jantamos no Marketplace e foi a melhor comida que eu encontrei nos Estados Unidos. As pessoas daqui reclamam da comida como se fosse o RU, mas a verdade é que tem um buffet de carnes/grelhados/frango/peixe; um buffet de salada; um buffet de pastas; um buffet de sanduíches; uma mesa para bebidas (refri, suco, cha, cafe, leite) e um buffet de sobremesa, então eu suponho que as pessoas só gostam de reclamar mesmo. Eu to adorando, é como comer na Bufalo's todo dia. Durante o jantar, já pudemos sentir a difença entre os internacionais e os outros. Basicamente, as outras pessoas são todas iguais. Pegaram uma menina loira, magra, com um short da adidas e uma blusa da universidade e um cara loiro, forte, com blusa de botao e bermuda caqui e clonaram os dois. Funny tb é como eles NUNCA se misturam. É a mesinha dos meninos e a mesinha das meninas. Até agora, pelo que eu pude perceber, só chegaram os atletas. A única diferença são os caras da Chi Psi (fraternidades, de novo), que são "multiculturais" e estão nos ajudando na semana de orientação. Um deles é o Carlos, do equador. O Abel parece não se dar bem com ele, o que não faz diferença na vida de ninguém, já que o tal Carlos parece ser um ladies man e também não gosta do abel por motivos citados nos ultimos 2836738 posts do leseira. O outro é o Abhi, do Nepal, que é a pessoa mais engraçada do planeta depois do Rafinha Bastos. Juntos, eles poderiam ter um sitcom de sucesso facilmente.
Na minha casa até agora temos a Grace (lovely, ela me deu um ferro de passar), um chinês que eu esqueci o nome (ele fica o dia todo trancado e me deu um ventilador...GO TEAM ROUSSEAU), o inglês Sam e o alemão Stefan (que fica entrando no meu quarto sem bater pra perguntar algo a cada cinco minutos, como se eu soubesse de tudo nessa vida).
O clima está perfeito, mas as vezes fica um pouco frio pra mim (eu sei, to fudida). Meu termometro marca agora 24 graus dentro do quarto, deve ser uns 21 lá fora. Muita raiva quando o Sam fica reclamando que está "Bloody Warm and the humidity is impossible!!". Tipos, what??
Hoje nós fomos tirar identidade (sai Diva na foto =D), conta no banco, bla bla bla. Depois tivemos umas três palestras sobre *insira o sotaque do pastor cerafim aqui* alcool, drogas, sexo e anorexia *pastor cerafim mode off*. Farei um post sobre isso mais tarde, é extremamente engraçado.
Algumas coisas estranhas que eu ouvi hoje:
1) Todo mundo sabe que eu sou do Brasil.É díficil esconder as milhares de coisas verde-amarelas que eu tenho e a gente as vezes usa etiquetas com nossos nomes e de onde viemos. Dai no almoço hoje eu ouvi a Samia dizer: ah, a amazonia. eu nunca fui, nunca visitei a áfrica! Tipos surtei né? A menina cobra da gente todo dia não achar que ela é indiana, fica puta quando não sabemos onde é o Bangladesh (aliás, quem é bangladesh na noite?) e diz isso?? Ainda mais tendo eu explicado mil vezes que vim de uma cidade no meio da floresta e tudo mais.
2) Hoje, durante a palestra sobre trabalho nos Estados Unidos, disseram pra gente que o máximo que a gente pode trabalhar aqui, e que seria EXTREMAMENTE cansativo e não recomendado, é 20 horas por semana. WHAT? Isso dá um estágio de 4 horas por dia e é conhecido como paraíso em Manaus. Um work/study job normal daqui é seis horas por semana. Tem noção do que é trabalhar 1h por dia?? E o abel tentando convencer o Brasil de que eles estudam e trabalham tanto quanto nós. NOT.
3) Ontem a noite, os outros estudantes vieram visitar a minha casa pra ter inveja do fato de ser imensa e termos quartos com internet só pra gente for free. O alemão Simon entrou no meu quarto e eu tava falando com o Marcelo no msn. Pra quem não sabe, nunca viu, o Marcelo tem a estranha mania de usar fotos sem blusa na internet (não estamos reclamando, não estamos reclamando). Então, hoje no almoço, ele comentou: ontem eu entrei na IHouse e a Rachel estava falando com um brasileiro sem camisa. Dai eu disse: what?, e a vietnamita riu e disse que brasileiros são hots.
Então eu ouvi: "-Eles podem ser quentes, mas não tem a sofisticação de um inglês ou a eficiência de um alemão". pfff.
The lovely Ihouse a.k.a Home
beijosmemandememail.