Tuesday, May 26, 2009

Necessidades instâneas na América, ou ainda, O dia em que eu entedi porque quem não tem Ipod é considerado pobre nos Estados Unidos.

Começo mais um post sobre a minha jornada nos Estados Unidos explicando que, embora meus livros de geografia + conceitos gerais + ética pessoal + bush tenham me feito evitar usar o termo América para se referir aos Estados Unidos, depois de uns oito (?) meses aqui, é impossível não falar assim. Aqui os US são América e o resto da América é: a) Canada b) Carribean c) Latin America. E não, não são só os caubóis escrotos que falam assim; TODOS os imigrantes do continente americano, se referem aos Estados Unidos como “América” quando eles estão falando sobre o país. É amiguinhos, e a gente criticava a Sol na novela.
Enfim, conforme foi notado nos comentários do post anterior, eu abandonei o blog e dediquei-me ao twitter depois da viagem ao Alabama. O motivo é simples: nada de útil/novo/interessante aconteceu na minha vida nesses dois meses (que incluíram o *todo mundo de topless* spring break *todo mundo coloca a blusa de volta*). Eu realmente não achei que coisas do tipo: “Oh, I love Jon Stewart” valessem um post inteiro no Leseira, então disseminei meu amor pelo comediante no Twitter, que aparece ali no canto superior direito, ó. E então surge a pergunta: Mas, Rachel, PORQUE você não está living la vida loca em Las Vegas?? O motivo é simples: eu contraí o maldito vírus (Não, não a gripe suína) do CONSUMISMO AMERICANO! Trocando em miúdos: decidi não viajar no spring break (e ficar com as outras dez pessoas em Lexington sem fazer nada por uma semana) para economizar e gastar tudo em tranqueiras tecnológicas e roupas. Sim, sinto-me feliz.
Quando eu cheguei aqui, absolutamente todo mundo tinha um ipod. Então, eu pensei: que inútil, eu tenho tipos 10 músicas no meu computador, jamais precisarei de 16 GB de memória e eu nem escuto música on a regular basis mesmo. Daí eu comecei a correr na academia pra queimar os cookies dos coquetéis de graça e pensei: Talvez eu precise ouvir alguma coisa nessa horinha na academia, comprarei um Ipod shuffle (aquele minúsculo) só pra ajudar a perder o peso extra, afinal só 50 dolarezinhos mesmo. Comprei. No mês seguinte, já estava extremamente irritada do meu ipod não ter tela e eu não conseguir controlá-lo perfeitamente e etc etc. Então fui numa loja da Mac em Boston e me apaixonei por um Ipod nano rosa lindinho. Não querendo gastar o dinheiro da viagem, aproveitei que era meu aniversário, fiz um draminha pra minha irmã e ela me deu um. Ah, quanto amor! Ele me acompanhou por meses na academia, na praia, na rua e numa casinha de sapê; mas o fato de eu não ter muitas músicas atrapavalha o completo aproveitamento da memória do bicho e baixar filmes demorava demais, e etc etc.
Então, eu arrumei o namorado. Meu namorado é nepalense e physics major e vocês sabem como os nerds do sudoeste asiático são pouco viciados em tecnologia. Ele tem o Ipod classic, Ipod shuffle, Iphone, Mac Book e um poster do Steve Jobs na parede (ok, nem tanto, mas eu não duvido que o pôster esteja escondido no armário). Ele acorda e TEM que sacar o Iphone dele para checar os emails, como se ele fosse tipo o Ministro da Defesa dos Estados Unidos. Eu não entendia e achava super rude da parte dele, até que eu vi o novo amor da minha vida: o Ipod Touch. Sim, a apple percebeu que eu não era muito chegada em música e resolveu esse problema com um aparelho que conecta wi-fi, tem mil aplicativos, posso baixar filme, lost, notícias em tempo real, acessar o orkut, facebook, myspace (se eu tivesse um), twittar adoidado, ver meus emails de 15 em 15 min tal qual fosse a Ministra da Defesa dos Estados Unidos. Precisava muito, pensei nele todos os dias, todas as horas, a cada minuto....eis que surge então o Spring Break. Se antes eu planejava passar o spring break de topless na Flórida e aparecer no Wild On!, desta vez, depois das 25 horas viajando de carro pro Alabama e das inúmeras horas nas filas da Disney, eu pensei: Opa, tenho dinheiro. Ficarei em Lexington uma semana tediosa, mas terei nas minhas mãos entretenimento pra vida inteira. Saquei meu cartão de crédito e adquiri o amor da minha vida: IPOD TOUCH! Best thing ever made by human kind. Perceberam que meus twits estão cada vez mais frequentes? Poisé! Perceberam que eu entro no GTalk no meio do dia, quando deveria estar em aula? Poisé! Perceberam que eu perdi 6 quilos porque agora posso ver o Daily Show na esteira da academia? POISÉ!
Então, esse é o fim do post. Estou com preguiça de escrever uma conclusão com coerência e coesão textual. Já tá grande demais.

Não, não estou escrevendo este post do Ipod. Ironia.

Tuesday, May 12, 2009

Caso Gilson Monteiro

Todo mundo ja reportou tudo que tinha pra reportar sobre o caso, entao vou comecar a minha sequencia de piadas prontas:

- Se cada vez que o Gilson usasse meu pai como (mau) exemplo nas aulas de Teoria da Comunicacao e Realidade Regional ele fosse la dar porrada nele, seria melhor que minha familia se mudasse pra Ufam logo.

- Essa coisa de agredir professor na Universidade Federal eh tao 1964. Gilson, Indramara te inveja. Derzi culpa o capitalismo e a nova ordem mundial.

- Quanto a aluna citada, siga o exemplo aqui e saia da cidade se voce nao quer que sua familia (publica e "nao-perfeita") seja criticada num curso de comunicacao. Saia do pais. O problema eh que pra isso voce precisa ser inteligente. Pessoas inteligentes sabem argumentar. Seguindo a logica, FAIL.

- Contei esse exemplo na minha aula de Communication in Global Perspective. Todos me acham Badass por estudar em um ambiente tao hostil. Uma kappa delta ate me chamou pelo primeiro nome depois da aula. Estou pop.

- Manaus, cidade grande, coronelismo de interior. Apostemos que nao vai dar em nada?

- Porque essas coisas nao acontecem em Lexington, hein? Estou entediada, beer pong nao me satisfaz mais.