Acabou o PAN, e muitos ficaram órfãos de informação. E agora? O que preencherá as quase 10 horas de cobertura dos jogos na televisão? Como viveremos sem ver o Thiago Pereira? Porque depois de ter dado tantos fatos que fazem com que nos sintamos tão bem por sermos brasileiros, ninguém quer ver o que sempre aconteceu. Voltar a ver sessão da tarde? Jamais. As tevês a cabo, sem permissão para transmitir jogos mundiais de badmington, já encontraram a solução: reprisar sem dó os jogos pan-americanos até a próxima Olimpíada. Quando as Olimpíadas terminarem, eles pensam no que fazer. Quem vê tevê aberta, no entanto, vai ter que aprender a lidar com os velhos fantasmas do passado, que tiraram férias nas últimas duas semanas. Renans, traficantes, crise aérea e policiais militares...welcome back!
Aliás, falando em crise aérea, o que foi a Veja, tradicional anti-lulista, dizer que a culpa foi do piloto? Na minha humilde opinião (depois de ler a matéria e as análises feitas pelo Observatório da Imprensa), a Veja não tinha escolha. Dali não sairia mais uma forma de atacar o governo, pois contra as gravações da caixa-preta que a Globo deve colocar no ar ainda esta semana, não existem argumentos. Melhor ganhar dinheiro com o furo, do que perder tudo. E, ainda existiu a possibilidade de dizer que existe uma culpa “inicial” e “final” para o acidente. O piloto teve a culpa inicial, mas ainda podemos culpar o governo pela culpa “final”. Foi a pior saída pela tangente da história. O governo não teve pulso, ok. Mas a pista já era assim desde o governo militar, oras. Ou encolheu quando o Lula assumiu?
Enfim, vou parar por aqui. Detesto falar do Lula neste blog porque todo mundo SEMPRE acha que eu estou defendendo-o. Mas que culpa tenho eu se, para criticar a Veja, acaba sendo praticamente obrigatório falar das sacanagens de cunho “mamãe, sou reacionário” que ela toma?