Retrospectiva 2006

Hoje, dia 26 de Dezembro de 2006, enquanto estou esperando o ezra chegar (ele SEMPRE se atrasa), eu começo a escrever o fatídico post retrospectiva 2006. A verdade é que eu não lembro do que eu comi ontem e a culpa nem é da cerveja: sou podremente desapegada a tudo e desde cedo inventei de seguir uma filosofia de vida que faz eu esquecer facilmente tudo que passou, aliada a uma memória de ostra.

Então vou fazer um esforço, mas aposto que o máximo que eu vou conseguir são fatos do mês passado. Ou de ontem, tais como a morte do James Brown (how sad was that!).

Além disso, anteontem minha irmã ficou noiva e minha família se ligou no meu potencial oratório, então acabei fazendo uns trinta discursos improvisados.

Antes disso, deixa eu ver: ah, eu finalmente consegui me impor em uma amizade, fazer o que eu acreditava ser certo e perdi meu grupo de amigos, pero manti minha integridade e foi legal. Decidi que não ia namorar novamente, só ficar por ficar. Estou “ficando” com o cara mais engraçado/lindo/fofo/insira aqui qualquer adjetivo positivo aqui do mundo há seis meses, o que me torna uma péssima cumpridora de promessas.

O felipe massa também ganhou uma corrida de formula 1, se não me engano. Ah, teve a copa. A copa foi foda, o brasil se fudeu, eu odeio o ronaldinho and all that jazz.

Teve também a eleição. Essa foi a melhor que eu já vivi. Nada de panfletos ou shows de boi e, na medida do possível, algo que se assemelhe a uma campanha eleitoral. Gostei especialmente quando a música do Sob Nova Direção entrou sem querer no áudio no meio das apurações. Abra suas asas, solte suas feras...

O saddam foi condenado a morte. Eu fui pro hospital uma vez, que murphymente caiu no meu primeiro aniversário de namoro e perdi meu jantar romântico. Hummm, deixei meu cabelo crescer também. E formei uma banda: a maria antonieta, que tem as letras mais legais do mundo, mas não sabe tocar nada. Acho que a maria antonieta deveria ser um blog, ou programa de rádio de humor, ou até mesmo um grupo tipo o Monty Phyton. Daríamos certo nisso, mas nãaaaaoo, queremos música. Algo que eu, particularmente, sou podre.

Não entrei para um grupo de teatro, não fiz nenhum storyboard para começar a rodar meus roteiros, não escrevi meu livro, não fiz nenhuma atividade física. Mas isso é para o próximo post, o de “promessas para o novo ano”.

E que merda de roupa foi a que eu arranjei pra virada.

*rach desesperada*

So, it's Christmas..

Como diria minha grande amiga Simone:

"Então é Natal..."

O marcus vai passá-lo na companhia do Jack Daniels, o Crvn odeia-o, a maioria das pessoas está travando uma guerra civil nas lojas do shopping e eu, particularmente, adoro qualquer data que envolva presentes e/ou bacalhau.

Ninguém tá afim de ler qualquer texto religioso ou sentimentalóide, e eu não costumo sair pregando a palavra de Deus pros quatro cantos. Fora isso, aproveitem MUITO, curtam suas famílias e feliz natal para todo mundo, embora o natal de vocês jamais será tão bom quanto o meu, afinal, ninguém tem um obi-wan papai noel em casa :D

Ei, por que tu é(s) assim hein?

Ás vezes a gente, diante de certas bizarrices do mundo, precisa parar, refletir, coçar o queixo e perguntar para uma pessoa: Por que raios tu é assim, bicho?
Tá certo, eu sei que de perto, ninguém é normal (Oi, Caetano Veloso), pero existem pessoas que PUTAQUEOPARIUMOTHERFUCKA, extrapolam de qualquer limite de aceitação humana.

Tomemos como exemplo recente o Tom Cruise:

Mil palavras

Eu amava o cara, afinal ele fez Vanilla Sky, Jerry Maguire e até mesmo Minority Report. Daí, do absolutamente nada, ele começa a usar um shampoo bizarro em MI-2, dá um chute na bunda da Nic Kidman, namora a namorada do Dawnson, pula em sofás, anda de motos em tapetes vermelhos, come placentas, tira uma máscara e revela que não é o Capote (opa, spoiler de MI-3), faz tudo de novo, mete o pau na Brooke Shields (a.k.a raonny), casa em castelos e põe o nome da filha de Suri. Meeeo, qual é a dele? Existe alguma explicação plausível para tal coisa?

Daí, no âmbito nacional, temos o H-O-R-R-O-R em forma humana (?). Uma coisa chamada Latino. OMFG. Quando ele cantava Oh, baby me leeeva, me leva que eu te quero, me levaaa , com mullets e jaquetas de couro, eu até o aceitava. Sério mesmo, era o início dos anos 90 e quem poderia condená-lo por isso? Mas daí chega o século vinteum e o cara não só permanece na mesma, como consegue a proeza de piorar sua situação. E ainda faz sucesso com hits como festa no apê (onde pode aparecer que vai rolar bundalele). Leva um chifre, ok. A gente perdoa. Chega o ano de 2006, doismileseis, DOIS MIL E SEEEEIS, e ele não evolui, bicho. É triste, triste mesmo ver o Latino, seu mesmo vestuário e uma música chamada Kátia. Veja bem: ele levou um chifre da Kelly, então essa Kátia é nada menos que a danada da Katiaça. Pescaram o trocadilho? OMFG two times.

Procrastinando (oi, vocabulário rico)

Tenho por volta de 100 páginas para resenhar de comunicação comparada.
Tenho um artigo científico sobre o Protocolo de Kyoto para traduzir.
Tenho um dvd do Bob Esponja.
Tenho preguiça de ir à locadora.
Tenho que ver o dvd do calça-quadrada.
O nome do episódio TINHA que ser Procrastination?

Resenha do episódio (ah, essa eu faço...): o Bob não consegue escrever sua redação a tempo, pois está morrendo de preguiça e por isso fica cada vez mais distante da almejada carteira de direção. Não poderia me identificar mais. Ele é meu psicólogo oficial, agora.

O labirinto do fauno

O filme mexicano O Labirinto do Fauno é uma mistura perfeita entre ficção e realidade, e nós ficamos na dúvida qual é mais cruel. A história da Espanha é retratada com fidelidade e...blaaa blaaa blaaa...WHO CARES???!!! Como escrever uma resenha sobre um filme que tem ISSO em uma das cenas:


















Eles pegaram meu pior pesadelo e materializaram. Não consigo mais dormir pensando nas mãos desse troço. OMFG. Ele é o pai do BICHO, aquele trocinho que apareceu em Manaus há uns meses e eu quase acreditei no governo dizendo que era apenas um gato. NÃO, jamais acreditarei em notícias oficiais novamente. O pai dele tá aí, aterrorizando pessoas inocentes que estavam acostumadas com coisas leves, tais como jogos mortais e kill bill no cinema. OMFG.

Não aguento mais viver depois disso...




Cena light da aparição do bicho, o pior vocês verão no cinema



SÓ PRA CONSTAR, ESSE BICHO NÃO É O FAUNO. Esse bicho é mau, o fauno a gente não sabe qual é a dele, pois o mesmo passa o filme todo alternando entre cara "feio, mas legal" (como meus ex-namorados) e cara "bonzinho, pero talvez sonso".

Eis o cristão:

Natal Manauaraense

Olha aí os macacos, papais noéis e bonecos de neve marvin de que a rachel falava uns posts atrás


Eu sinceramente não entendo essa mania de odiar o Natal. Mentira, eu entendo sim, todo mundo feliz e se abraçando, e você lá, na merda e tendo que falar com todos aqueles parentes que você nem gosta de verdade (e alguns até odeia). Mas daí a se sentir enojado com o capitalismo que fizeram em cima da data e virar dose após dose de Jack Daniels pra ficar melancólico (só bebam com propósitos prozaquianos, criançada, é bem mais barato) enquanto ve a missa do galo na tv, seguido de A Maior História Jamais Contada aí meu filho, é foda.

Porque tipo, mesmo que psicologicamente vc fique triste, vc ainda vai ter a ceia de natal (se sua família for pobre pra comprar comida da ceia (o que eu acho BEM difícil, minha família sempre foi pobre e nossa ceia é bem maior do que a dos ricos (pobre só gasta dinheiro com coisa fútil mesmo)) ainda assim vc pode comer na casa da sua tia, ou vó, ou amigo, o o diabo a quatro) tem os presentes (até meias são úteis pra vagabundos que não compram meias) a pseudo-felicidade de todo mundo, que é melhor do que chororô, e se tudo isso ainda não adiantar, ainda tem os nossos amigos Jack Daniels, Johnnie Walker e Black and White pra garantir a sua felicidade etílica.

Mas o nascimento de Jesus e mi-mi-mi? Que nada, se vc lê esse blog vc tem 70,3% de chance de não ser cristão, e se for, é não praticante que eu sei ô vagabundo. Ou seja, vc não tá é nem aí pra Jesus, muito menos pro nascimento dele. Quer saber muito mais é da morte, e ainda soltou um: Pega penoso, teu pai é perigoso no filme do Mel Gibson, na hora em que a chicotada come de esmola no lombo do Senhor.

Quanto ao capitalismo, oras, não me venha com essa frescura, voce não pensa nisso quando compra seus cds do Artic Monkeys na Bemol, ou quando compra seus ingressos do Ecomusic pra engordar o cofre da Fábrica de Eventos pra que eles façam o Samba Manaus. Nãããão, o que é isso, estou consumindo cultura, esse meu allstar não movimenta o capitalismo não.

E eu estarei lá, na praia da ponta negra, com os macacos da barba azul e bonecos de neve depressivos que descerão dos postes quando ninguem estiver olhando pra comemorar o Feliz Natal comigo, Mr. Walker e Mr. Daniels. Todos vocês estão convidados, é claro.

It all goes down with the drain tonight, I swear...

Querido Papai Noel,

Fui uma boa menina esse ano e fiz coisas boas. Mentira, fui uma boa menina e fiz coisas más. Como estar plagiando essa idéia de texto da Fernanda Young, por exemplo. Mas é que tem certos tipos de coisas que me irritam, como o fato de eu ser uma velhinha por dentro, agir de maneira totalmente detestável na frente dos amigos do meu namorado ou não suportar mais certas atitudes materialistas da minha mãe. Também ando gastando muito dinheiro em livros e revistas (que nem sempre leio) e escrevendo quase nada. O pior de tudo, bom velhinho, é que eu ainda não consigo parar de falar muito palavrão, e nem é por mal. Também tenho pretensões idiotas, tipo ser a Clarice Lispector. Mas como, se há meses não escrevo uma linha decente?

Mas nem tudo é ruim, tá, Papai Noel?! Eu parei de fumar. Se bem que, como ser mágico e onipresente que você é, bem sabe que eu não parei por força de vontade ou algo que o Dr. Lair Ribeiro vá aprovar. Parei porque sou velha por dentro, e por isso meus amigos fumantes não me chamam mais pra sair. Parei porque meu namorado não gosta, e eu gosto de ser submissa assumidamente a certas vontades dele. Enfim, parei, mas nada memorável.

Também não ajudei tantas pessoas quanto gostaria e, estranhamente, estou pouco me importando em perder o show do Coldplay por não ter dinheiro. Também não estou tomando meu remédio adequadamente, apesar de sempre passar mal por isso. Nossa, ao final desta carta estarei é devendo presentes para o senhor.

No entanto, eu faltei menos aula que ano passado, fui para o hospital apenas uma vez e estou indo direitinho para a terapia (mesmo que ela tenha me custado a ida ao show do Coldplay). E terminei escrevendo um texto que eu mesmo considero fofo para o senhor. Então acho que eu mereço:

- Um óculos Ray-Ban original por que os de camelot já estão apodrecendo meus olhos.

- Uma cadelinha yorkshire para fazer companhia ao Obi-Wan e me fazer mais feliz

- Um colírio que me faça chorar menos nessa época do ano.

Um beijo,

Rach

Feliz Natal para todos :)