Sunday, June 29, 2008

Clichês Parte I

Dois posts rápidos acerca dos clichês que me cercaram neste fim-de-semana.

Clichê número 1: Reportagens do boi-bumbá

Não existe NENHUM jornal/telejornal que não utilize uma (ou todas) das seguintes palavras no seu lead neste último fim-de-semana de junho: emoção, magia, galera, vibrar e derivador, encantar e derivados, espetáculo, ao som do batuque, fascínio, coração da floresta.
Vamos a um exercício. Juntarei as palavras aleatoriamente e vocês verão que NENHUM jornal fugiu muito desse texto, que pode ser muito bem montado por um programa de computador.

Texto 1: Emoção e magia tomaram conta da segunda noite no festival folclórico de Parintins. No coração da floresta, as galeras de garantido e caprichoso vibraram ao som do batuque de seus bois.

Texto 2 (em caso de chuva): Muita emoção e magia na segunda noite do festival folclorido de Parintins. Mesmo com a intensa chuva, a galera vermelho e branca não perdeu a vibração e manteve-se animada ao som da batucada. O espetáculo encantou os turistas que vieram ao coração da floresta assistir a festa dos bois.

Texto 3 (Bônus rede amazônica style*) – Emoção e magia tomaram conta da segunda noite do festival folclórico de parintins. Fulano de tal viajou trinta e duas horas de barco para chegar ao festival a tempo.
Passagem inútil: Garantido desde que nasceu, ele chegou ao bumbodromo às oito da manhã e nem a forte chuva fez diminuir sua animação.
Fala do fulano de tal: A chuva ta forte, mas vale a pena. O espetáculo é maravilhoso. Texto final: Como Fulano de Tal, milhares de pessoas viajam ao coração da floresta para acompanhar o maior espetáculo folclórico do mundo (sabe deus donde saiu essa informação)

*CERTEZA que eles tem um “fazedor de textos eletrônico”. O script é sempre: Lead tosco/ personagem escrotíssimo e desinteressante pra tentar rolar uma identificação com o telespectador/ panorâmica 1/ passagem de uma repórter que não acrescenta nada/ volta pro personagem escroto/ panorâmica final com informação vaga e suspeita. Observem.

Friday, June 27, 2008

Gente, falta tão pouco...

Ai, faltam apenas dois meses pra eu ir embora. Devo dizer que eu nunca curti tanto Manaus quanto nas ultimas semanas. Arrependo-me de ter passado os ultimos quatro anos enfurnada em casa, embora não fosse por isso, provavelmente eu não iria embora. Devia ter acampado mais, pescado mais, ido pro boi antes, saído mais, bebido mais. Nunca senti a necessidade de tirar carteira de motorista até hoje. Claro, não precisei dirigir para assistir as reprises de Full House na madrugada. Se desse tempo, certamente o faria agora. Meu coraçãozinho fica diminuto quando eu vejo que não vai dar tempo de eu fazer tudo e encontrar todas as pessoas que eu quero. O estranho é que eu sempre tive altas brigas com meu ex-namorado quando ele dizia que só me dava valor agora, que o "ser humano é assim, só aprende quando perde". Eu dizia que ele era um imbecil e que isso não existia. E não é que existe?

Tuesday, June 17, 2008

I LOVE GEEKS

O textinho de hoje, após alguns anos sem textos e após a fatídica visita da professora Ivânia, é sobre homens. Isso mesmo, meu povo, é sobre os machos do meu brasil varonil, ou ainda, expandindo a área de abrangência, os machos desse mundo de meu deus. É nessa hora que você, ser heterossexual bem-resolvido pode fechar a aba do seu firefox sem culpa.
Este texto é sobre classes de homens. Classe estilo rpg mesmo. Tem o homem playboy, o estudante proletário, o estudante de jornalismo, o rock star, o estudante de faculdade particular, e por aí vai. Neste texto irei elaborar uma quase tese científica sobre a melhor classe de homem que existe: o cientista da computação.
Mas Rachel, que moral você tem pra falar qual é a melhor classe de homem que existe? Acreditem, eu tenho alguma, pois não tenho medo.
Já viajei das profundezas de Triton a shows do Asa de Águia. Já matei dragões, ouvi hardcore e andei de busão em viagens romanticas pela madrugada. Quando eu olho para trás e reflito sobre a minha vida amorosa, geralmente esse pensamento vem seguido de um: O que raios eu tava pensando, meu deus ?!?! A verdade é que a tia aqui não tem medo de experimentar e geralmente enjoar em dois meses e com propriedade a vós lhe digo: casarei com um cientista da computação. Dissertemos (palavra da salvação: Glória a Vós, senhor).
Cientistas da computação são caras muito legais e solicitos. E esse é o primeiro motivo para a gente gostar deles. Sempre dispostos a consertar o seu computador, eles geralmente não utilizam a superioridade em saber tecnológico como approach para te comer. Podem até pensar nisso, mas escondem bem e parece que tirar aquele vírus maldito que você pegou no orkut é um prazer para eles.
Cientistas da computação geralmente não tem ex-namoradas. Por ter uma vida social reclusa e estudar em um ambiente majoritariamente masculino, é difícil você topar com três ex-ficantes do cara quando for dançar seu pagodinho no Empório da Pizza. Sem ex-namoradas (visíveis), poupamo-nos da tristeza de uma comparação.
Cientistas da computação não são bitolados como os outros homens de exatas. Apesar de viverem enfurnados na frente de suas máquinas vendo letrinhas e números estranhos, eles tem um arsenal de conhecimento nerd filosófico de impressionar. Pode apostar que o Linux deles abriga a última temporada de Lost,o CD novo do Blind Guardian e pelo menos um artigo sobre Sartre e existencialismo. Assunto é o que não falta e chega atéa ser humilhante eu, após ter tido aula de Introdução a Sociologia, Introdução a Filosofia e Antropologia Social, perder em uma discussão sobre marxismo com um cara que teve Cálculo I, II e III.
E por último, mas não menos importante, cientistas da computação são troubleshooters. Eles resolvem qualquer problema de uma maneira melhor do que você poderia imaginar. Exemplo prático: amigo oculto de natal. Neguinho tem que tirar o papelzinho 54 vezes, e tira ele mesmo, e troca de papel, e sorteia de novo, e no dia alguem fica faltando...uma putaria só! O povo da CC simplesmente inventa um programinha em dois minutos que sorteia com precisão e faz todo o serviço. Se der algum erro, sem problemas, porque o programador pode resolvê-lo. Este foi apenas um exemplo simples de como funciona a organização dos nerds. Fazendo uma visita à famosa caverna da ufam onde eles residem, você pode perceber todo o sistema criado pra facilitar a vida de todos. Em um quadro, eles acertam suas atividades. Todos ajudam, tudo funciona. E isso vai sendo aplicado à vida cotidiana. Cientistas da computação trabalham fazendo programas para resolver problemas e estão sempre preocupados com todas as variáveis que podem dar errado (especialmente a estupidez do usuário). Tamanha eficiência é maravilhosa!
Mas rachel,eles tem algum defeito? Sim,com certeza. Primeiro que é difícil achar um nerd pra chamar de seu. Eles geralmente estão escondidos em lugares obscuros fazendo suas coisas o dia todo. Muitos dos nerds amazonenses costumam inclusive dormir no CPD da Ufam. E você não vai querer dar uma de maria-computador ficando lá vendo cinquenta caras programarem por horas, até mesmo porque eles não vão te notar, dada a tamanha concentração do local. O segundo defeito é que eles podem, eventualmente, trocar sua companhia pelo novo GTA. Mas pensem bem: caras normais iriam querer trocar sua companhia por cerveja e futebol, então estarás no lucro.
Quem lê este texto pode até pensar que na verdade o que eu queria mesmo era ser cientista da computação. Mas não, não é isso. Elencarei os motivos: primeiro que eu tenho uma capacidade matemática limitada. E por limitada entendam quase nula. E por quase nula entendam “ela manja tanto de cálculo quanto o vocalista do Fresno manja de estilo”. Segundo por que eu jamais teria a paciência que a programação exige. Terceiro porque aquele cheiro de lan house me deixa nauseada. Veja bem que eu disse cheiro de lan house e não cheiro de nerd. Cheiro de lan house = cheiro de galerito da Cidade Nova núcleo sete viciado em Counter Strike para aprender o nome e funcionamento do armamento bélico que ele utilizará daqui a dois anos nas ruas. Nerd não usa Ferrari Black, mas dá pra conviver harmoniosamente com o cheiro de Leite de Colônia e talco Barla. Por último, bem...ah é, o amor ao jornalismo! Pode colocar isso também. Em quarto lugar, por causa do meu grande amor ao jornalismo, este oceano de conhecimento de três centímetros de profundidade (créditos da definição a um dos pimbas que não comem ninguém da comunidade Filmes que têm fãs escrotos).
Não que eu odeie computadores. Pelo contrário, o amor da minha vida é um laptop HP, mas uma coisa é usar o computador contentando-se com o word, orkut, msn, te dou um dado e três ou quatro sites de agências de notícias. Outra coisa é computaçao. Neste exato momento, por exemplo, meu teclado está desconfigurado e eu estou adivinhando onde estão as teclas de acentuação porque tenho preguiça de procurar onde ajeita isso.
Passei algumas horas pensando em uma conclusão para este post. Algo meio incentivador, estilo O segredo, “you go, girl! Get your own geek”, mas nem consegui. A única coisa que consegui pensar foi que esse é o maior texto que o Leseira já teve. Vou ali escrever um livro de auto-ajuda e ficar milionária.

Obrigada a todos os geeks que eu conheço, amigos e ex-amores, por me ensinar a jogar rpg e usar o firefox.

Monday, June 16, 2008

Drops de irritação

Sabe um troço que me irrita pra burro?
Gente gorda.

Ah, antes que me torturem, eu explico. Não é qualquer gordo. Eu respeito os gordos que estão felizes comendo seus big macs, gosto mais ainda daqueles que suam a camisa em busca de uma vida mais saudável. As que eu odeio do fundo do meu coração são as gordas de academia.
Aquelas que me desestimulam do alto dos seus 100 quilos cheios de celulite levantando 150 kg com a batata da perna e me humilhando publicamente. Enquanto eu sofro muito pra empurrar 2 quilinhos com meus cambitos, elas levantam 200 quilos na maior facilidade. E continuam gordas!!
Qual seria o ponto de ir pra academia, então? Porque se a gorda consegue fazer quinhentos abdominais, é porque ela já deve malhar há pelo menos uns dois anos. Dois anos de academia e a moça tá naquele Preta Gil mode? Morrerei.

Outra coisa que me irrita é gente que posta drops de sabedoria como legenda de fotolog e orkut. E que provavelmente vai crescer e se tornar uma gorda de academia. Mas isso é assunto proutro post =P

Wednesday, June 11, 2008

medo²

Local: Universidade Federal do Amazonas - Depto de Comunicação Social
Cena 1
Professora Ivânia Vieira se aproxima e diz:
- Rachel, você tá tão deprimida...
Rachel diz:
- Eu??? Como assim, professora??
Ivania:
- Eu tava lendo umas coisas tão pesadas no seu blog...
Rachel:
- NO MEU BLOG PROFESSORA??
Ivânia:
- É, no seu blog. Eu leio sempre

*medo*


Professora Ivania, to triste não!! Na verdade, eu nunca estive tão feliz =D

Tuesday, June 03, 2008

Diarinho style

Brasília tá frio pra porra. E por frio pra porra entendam 14 graus. Isso só pode significar uma coisa: não vou durar um dia em lexington.

Vamos todos juntos, numa corrente feliz de amor e vibração positiva, torcer pros tios americanos legais não me acharem com cara de terrorista. eu sei que é difícil, mas já diria a campanha da adidas: impossible is nothing.