Wednesday, March 21, 2007

Tô sem inspiração pra escrever.
Sabe, é que eu começei meu fotolog na época da marimoon. E vejam onde ela está agora.
E comecei esse blog na época do KibeLoco. Bem, ele não é original, mas o plágio compensa.
Aprendi a tocar violão na mesma época que meu vizinho. E ele hoje é da Mezatrio, vive em festivais e ganha dinheiro fazendo eventos.
Ou seja: gosto musical, peculiaridades no estilo capilar e ética ao escrever à parte, eu deveria ter estudado/trabalhado menos e me dedicado mais a inutilidades .
Dois anos de Assessoria de Imprensa no Piatam e ganhei nessa época menos do que o Kid ganha com adsenses do Google. Com a diferença que o blog dele não o fez repetir uma matéria chatíssima da faculdade por falta. Talvez ele até tenha perdido uma ou duas contas no Orkut, mas nada que vá afetar seu coeficiente.
Tô amarga. Devia ter levado a vida menos a sério.

Monday, March 12, 2007

Trabalhos de fim de período...

Os leitores deste humilde blogue devem estar pensando que eu virei as costas para a escrita, que fui tomada pela preguiça e outras coisitas más. No entanto, a verdade é que eu ando gastando todo o meu potencial no word para fazer os 27263417 artigos que servirao de trabalho final do período na faculdade. Eis um deles:


SENSIBILIDADE, SEM RAZÃO

Um ensaio sobre a pena de morte a partir do artigo “Razão e Sensibilidade” de Renato Janine Ribeiro

Questões de fé não se discutem. Quem acredita em Deus, redenção e castigo que reze pela alma do menino João Hélio. Nós, homens vivos, precisamos é de atitudes. E atitudes sérias contra esses monstros que fizeram algo tão terrível contra um menino tão bom e puro, filho de uma família de bem.

A cadeia é muito pouco para os monstros que destruíram a vida de sonhos deste menino. Daqui a menos de dez anos eles serão libertos por uma justiça fraca e torpe. E, afinal, eles não tem mais jeito mesmo, porque dar tantas dívidas ao contribuinte de bem sustentando esses marginais em uma prisão perpétua? Vamos matá-los logo. A pena de morte é o ideal para casos hediondos de assaltos que deram errado.

Mas devemos então também matar aqueles que, através de planejamento frio, selecionam suas vítimas, adentram lares, estupram mulheres e crianças na frente de suas famílias. Malditos seguidores de Charles Manson, ainda se dizem doentes mentais. Doentes mentais, nada. É maldade pura, cadeira elétrica neles.

Não, pensando bem, pena de morte é muito pouco diante do sofrimento dessas famílias. Esses verdadeiros demônios merecem padecer na cadeia por um tempo, para depois morrerem. Para isso, basta não mais pensarmos em reforma penitenciária e deixar os presos fazerem sua própria lei. Estupros, espancamentos, torturas...umas boas porradas não farão mal nenhum a esse tipo de escória. Resolvido o problema: dez anos de uma cadeia ao “deus dará” e depois, pena de morte. Podemos chamar isso de “pena especial”. E o contribuinte, feliz, não precisará mais dar nenhum real para sustentar esse tipo de marginal.

Mas como todos são iguais perante a lei, temos que prender também aquele policial que mata as crianças da favela. Ou as crianças da favela são menos inocentes do que o menino João Hélio? Botemos na “pena especial” todos os policiais corruptos e malditos traficantes que fazem das pobres crianças trabalharem na indústria do tráfico. Além dos grandes traficantes, também merecem a pena aqueles que fazem um verdadeiro terrorismo urbano com arrastões que sempre terminam em morte nas praias do Rio de Janeiro.

O que dizer então de um juiz que roubou 500 milhões? Ele também foi responsável pela morte de vários, já que com esse dinheiro poderíamos salvar milhares de nordestinos da fome e sede, por exemplo. Criminosos do colarinho branco não são menos criminosos que os do colarinho vermelho, certo? É tudo farinha do mesmo saco, ou seja, merecem “pena especial”. Ah, não posso permitir que o caro leitor desse texto pense que nós nos preocupamos com os nordestinos. Não, não é isso. É que se eles não passassem fome e sede, não desceriam para o sudeste causando toda essa violência que nos atinge. Por isso, e só por isso, devemos punir severamente os responsáveis. E alguns dos nordestinos.

Essa pena deve ser aplicada também aos políticos do mensalão e aos condenados pela polícia federal em licitações. Isso geraria um verdadeiro caos, eu sei, mas temos que ser justos, certo? Ainda que isso envolva a maior parte da classe média alta.

A verdade é que o país está assim porque temos um presidente semi-analfabeto. A culpa é dele, não há como negar. Este sim, e todo o seu partido, devem sofrer muito para sentirem o que o povo sente. O povo rico, claro. Porque o pobre já está todo atrás das grades a essa altura.

Então, tecnicamente pensando, a maioria da população é responsável por estas e muitas barbáries. A situação da cadeia “especial” ficaria muito delicada e nós, nunca nos sentiríamos seguros o suficiente. Melhor invertermos a coisa: colocamos todos os criminosos nas ruas e nós, poucos inocentes que restarmos, nos sentiríamos muito mais seguros atrás de pesadas grades de ferro. Eles que se matem lá fora. E então, quando acharmos que a chacina estiver terminado, poderemos sair e construir uma nova, bela e feliz sociedade, baseada na moral e bons costumes. Pena que, ao sair, encontraremos um cenário nada agradável, cheio de cadáveres e falta de recursos. Então começaremos a brigar pelo novo poder e tudo aconteceria de novo.

É, acho que não temos jeito mesmo. Melhor todos nós nos matarmos tal qual aquele ditado: olho por olho, toda a humanidade fica cega. Parece que diante de certos crimes, ficamos meio caolhos.

Ah, só para constar, não fui eu, uma estudante universitária boba quem se atreveu a prever tal cenário de caos, e sim grandes escritores adorados pelos mesmos cidadãos de bem que pedem tanto a pena de morte.

É preciso, nesses momentos, colocar a razão um pouco acima da sensibilidade. Afinal, isso é justiça e foi esse o contrato social que assinamos. Ok, não assinamos, mas é ele que nos foi imposto. Durkheim que o diga. E o contrato diz: Hobbes e Locke postulavam um 'estado de natureza' original em que não haveria nenhuma autoridade política e argumentavam que era do interesse de cada indivíduo entrar em acordo com os demais para estabelecer um governo comum. Os termos desse acordo é que determinariam a forma e alcance do governo estabelecido: absoluto, segundo Hobbes, limitado constitucionalmente, segundo Locke.” Russeau, por sua vez, questiona porque o homem vive em sociedade e porque se priva de sua liberdade. Vê num rei e seu povo, o senhor e seu escravo, pois o interesse de um só homem será sempre o interesse privado. Os homens para se conservarem, se agregam e formam um conjunto de forças com único objetivo. No contrato social, os bens são protegidos e a pessoa, unindo-se às outras, obedece a si mesma, conservando a liberdade. O pacto social pode ser definido quando "cada um de nós coloca sua pessoa e sua potência sob a direção suprema da vontade geral". Rousseau diz que a liberdade está inerente na lei livremente aceita. Considera a liberdade um direito e um dever ao mesmo tempo.

Pelo que se entende, portanto, abrimos mão de parte da nossa liberdade em troca de leis que nos regessem. Se quebramos as leis, que nos tirem a liberdade. Hora nenhuma se falou em tirar nossa vida ou nossa integridade física. O contrato que eu sigo me dá garantias chamadas “direitos humanos”, que parecem terem sido esquecidos há muito. Além do mais, se eu matar alguém com requintes de crueldade e depois o Estado, para me punir, fizer o mesmo, quem irá punir o Estado?

Saindo um pouco do campo filosófico, ainda podemos citar estatísticas que mostram que a pena de morte não diminuiu a criminalidade nos lugares onde foi estabelecida. E que a idéia da prisão perpétua ser mais cara do que a pena de morte é apenas um mito. Além, é claro, dos inúmeros erros de se aplicar uma pena irreversível para alguém que, por mais remota que seja a possibilidade, ainda pode ser inocente.

Como punir com a morte e o sofrimento uma patologia que aflige toda uma sociedade? É difícil pensar claramente durante momentos críticos como a morte de um menino que foi arrastado por quarteirões em um carro, mas no campo da justiça a razão deve subjugar a sensibilidade, sempre. Todos somos culpados da situação de violência em que se encontra nosso país, em maior ou menor grau. Reformas políticas, educacionais, carcerárias e auxílio de psiquiatras forenses podem ser mais demorados na solução da violência, porém são muito mais eficazes.

E para o jornalista/filósofo Renato Janine Ribeiro recomendo os livros “O Alienista”, de Machado de Assis; “Ensaio sobre a Cegueira”, de José Saramago; e “A Sangue Frio”, de Truman Capote. Quem sabe essas obras não mexam um pouco com a sua sensibilidade.





Viram? É foda...foda...

Tuesday, March 06, 2007

Plágio: O Cidadão de Bem

Textos plagiados da descrição destas comunidades, não contactei o moderador pois o perfil lá estava como Administrador de Comunidades, creio, portanto, ser apenas esta sua função. Se alguém conhecer o autor, me avisem. De qualquer jeito, colocou no Orkut, tá no mundo.

Http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=9074470
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=3992366
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=5927780

Apenas recortei, modifiquei algumas partes, emfim, plágio mesmo. Pois o fim de período tá consumindo minha mente e o resto que sobra eu vou gastando na escrita de roteiros de filme.
Emfim, eis o dito:


O cidadão de bem, personagem do filme "A indústria do medo", é trabalhador, tem uma família saudável e feliz.

Seus filhos estudam nos melhores colégios tradicionais onde recebem uma formação religiosa da moral e dos bons costumes.
Ele ganha seu dinheiro honestamente. Paga devidamente seus impostos. Discute política (pensando que sabe algo do assunto) como quem fala de futebol. Todas as noites, assiste ao Jornal Nacional para se manter bem informado. Acha que o atual governo é ruim porque o Lula é semi-analfabeto. Assina a Veja, seu filho a Playboy, sua filha a Capricho e sua esposa a Caras. Usa 3 carros e reclama do trânsito. Ficou com medo do Lula se eleger em 1989. Lê Veja, Época e Istoé e se considera elite intelectual por causa disso. Pensa que todo esquerdista é comunista. Pensa que sabe o que é comunismo. Acompanha as análises político-econômicas de Arnaldo Jabor, repetindo seus dizeres no dia seguinte, no serviço. Considera Jô Soares a nata da cultura nacional. Afirma que bandido bom é bandido morto. Diz que a maioria dos pobres estão nessa situação por serem vagabundos.
Abominam o Maskate ou qualquer outra coisa que publique alguma gíria (sem aspas, é claro, pois com aspas a Novíssima Gramática perdoa) em sua matérias. Gíria é coisa de marginal e o cidadão de bem é a favor da pena de morte. Nunca abandona suas convicções de direita, chama pobre de vagabundo, acha que homosexualismo é doença e avança sinal vermelho porque é muito ocupado e tempo é dinheiro.
Ele guarda sua arma ao alcance das mãos para defender sua família feliz do bandido que entrará de madrugada e com toda sua bravura o matará antes que o bandido exploda sua casa.
Ele também acha aborto uma coisa muito ruim (até sua filha ficar adolescente, é claro).
O cidadão de bem é fã do futebol e, enquanto assiste aos jogos e toma cerveja, sua alegre esposa cozinha a janta.
O cidadão de bem é feliz e o será até que um bandido roube sua arma.

Quem tem medo do cidadão de bem?