Sunday, June 24, 2007

Filha da Pauta

Ok, eu sei. O título deste post é a coisa mais chavão que um jornalista pode escrever para descrever sua vida. No entanto, talvez alguém entenda como uma metáfora da vida-chavão de estudante de jornalismo, do vazio existencial e criativo de ser jovem neste milênio e tudo mais. As pessoas fazem isso com Machado de Assis e eu tenho quase certeza que ele apenas queria nos sacanear com aquele papo das batatas.
Emfim...Tenho duas pautas interessantíssimas para correr atrás. A primeira é sobre a coisa mais desorganizada de que eu já tive notícia: o DCE da Ufam. Nêgo não consegue decidir quem ganha a eleição e provavelmente eles ficarão discutindo sobre a legitimidade da chapa vencedora até a próxima eleição, onde mais um imbecil vai querer agitar a parada usando uma camiseta proibida. Eu realmente não acredito que alguém que SAIBA que é proibido usar camisa da chapa no dia da eleição creia que o fato de usá-la escondido vai ganhar votos decisivos para o resultado final. Quantas pessoas mudam de idéia e decidem votar em uma chapa ao ver um desconhecido com uma camiseta? Duas,na melhor das hipóteses. Impugnar sua chapa por possíveis dois votos (com muito otimismo, hein!) é coisa de gente inteligente e interessante, como podemos perceber.
Claro que os partidos políticos invadiram a sede do Diretório e rolou a maior porrada, mas isso faz uns 6 meses: ou seja, eles já devem estar de bem de novo, tomando cerveja e falando mal do FMI.
A outra pauta é sobre carteira de habilitação e, dada a minha incapacidade de conseguir tirar a minha, estressa só de pensar que eu vou ter que ver aqueles fiscais e não poderei esmurrá-los até sentir os seus miolos escorrendo pela minha mão. Bem Sin City, mesmo.

*rach spreading joy*

Thursday, June 07, 2007

Me and the Gilmore Girls

Aviso: Este post é para pessoas sentimentalóides, apenas.

[Last lines]

Lorelai: Right. I'll get you a thermos that says "World's Greatest Reporter," to match your cap.
Rory: Oh yeah, about that. I meant to tell you that I left that cap at home.
Lorelai: What?
Rory: Well it wasn't very flattering.
Lorelai: Well how will people know you're the world's greatest reporter?
Rory: That I don't know.
Lorelai: I guess they'll just have to read your stuff.
Rory: I guess so



Como poderia eu não morrer de chorar com o final de uma série que eu assisto há uns sete anos e termina com um diálogo assim?
Todos amam odiar Gilmore Girls, mas eu amo. E só. Desde que a Rory era uma garotinha eu já queria que todos achassem que eu era como ela. Sem a Lorelai, obviamente, já que minha mãe é uma versão melhorada da Emily, moldada nos termos que só o Dom Pedro (a.k.a. Wisteria Lane) poderia conseguir.
No entanto, a Rory estudava muito e tudo ao mesmo tempo, de forma desnecessária até. Enquanto eu estudava, via a mocinha se matando também. Mudou de colégio no último ano, e foi xingada pela metade do mundo. Nem precisa comentar. Viveu o clássico conflito Jesse-Dean, que eu tanto conheci aos meus 17 anos. Trocou Havard por Yale e levou esporro. Escolheu jornalismo, apesar de ser franzina e idealista. Foi desacreditada pelo jornalista que ela mais adorava. Namorou um Logan por três anos e acabou para que ele fosse ao Vale do Silício. Ainda assim, acredita no amor.
E acaba a série com medo. Medo de ser a pior repórter do mundo. Como não chorar rios diante disso?

Estou longe de ser querida como a Rory, afinal, ela é uma personagem de um seriado e eu sou grossa e chata. No entanto, isso não me impediu de fazer uma franja ridícula para conseguir alguma identificação.


Eu e a franja que ninguém gostou.

Falta-me a Lorelai, o Luke, olhos azuis, um rosto perfeito, a Lane e um diploma de Yale. Possuo um Paul Anka, no entanto. Já é um começo. Pena que agora não tenho mais com quem me identificar. Agora, só se meu avião cair em uma ilha deserta com poderes sobrenaturais controlada por uma grande corporação.
Acabou a história que sempre me fazia pensar que tudo iria dar certo no final, bastando um copo de café para isto.