Wednesday, July 30, 2008

Duas gringas em Manaus

Fato engraçado sobre a minha pessoa: sinto-me extremamente mais confortável quando as pessoas ao meu redor, na cidade onde eu vivo há vinte e um anos, pensam que eu sou gringa quando eu estou com a Mary. Nestas duas últimas semanas, eu pude desfrutar plenamente do prazer de poder se sentir estranha, ou melhor definindo, akward, sem ser julgada por isso. E é muito bom. Sair com a Mary me dá passe livre para:

- Pegar ônibus errados com certa freqüência
- Andar no centro fingindo ser surda enquanto neguinho fica gritando "Oi, princesa" no seu ouvido
- Pode usar roupas altamente esquisitas, sair de noite com shorts e all star, andar com óculos de 1 real de brechó dos anos 80, and so on...
- Não precisar cumprimentar todas as pessoas de um determinado lugar, atendo-se apenas àquelas que você se importa
- Pedir informações mais cretinas como "Pra que lado é o Colégio Militar?", sem alguém do teu lado falando: "Po, você estudou lá a vida toda e ainda não aprendeu?"
- Ficar ultraempolgada com a possibilidade de comer brigadeiro e pão-de-queijo, como se fosse uma comida típica altamente exótica
- Fazer passeios que amazonenses nunca fazem, como piquenique no parque do mindú ou visita ao Teatro Amazonas

Descobri, portanto, que mesmo na cidade onde eu moro há séculos, eu sempre serei uma gringa perdida e esquisita. Só espero que o gringo de verdade pare de gritar no meu ouvido: VOCE NAO SABE PEGAR O ONIBUS??? COMO NAO?? OH MEU DEUS, EU SOU O CAMPEAO DO ONIBUS EM MANAUS!! Because that would suck!

Fora isso, tive meu dia de Whore of Mensa (alguém já leu essa história? Deveriam! Clica aqui). E alguns dias de Vida Lóki (que estão se tranformando em Vida Nietzsche)
Eu já mencionei que esse blog tá na biqueira de começar a virar um diarinho?

Poisé.

0 Ixi! Comenta aí, vai?

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